Artur Alonso

A Trindade

De novo vemos o Trisquel, o elemento sagrado das três esferas, primeiras da criação. O principio que gera o fim, holisticamente completando os ciclos, ate de novo renovado voltar desde o fim ao princípio. Dizem que falara uma vez o Conde de São Germano: “Curioso escrutinador da natureza inteira, conheci do grande todo o princípio e o fim. Vi o ouro em potência no fundo de sua jazida. Apresei sua substância e surpreendi seu fermento”. Referido precisamente a esse véu que encobre a realidade última, por ele, tal vez desvelado – e que nosso Trisquel simboliza, emitindo a vibraçao que nos conecta com aquele todo – e nos insunua como desse centro evolui essa frequência, tornando-se tripla. Tripla vibração.

Vibração em movimento, ressonância da aprendizagem em cada volta completada.

Em cada esfera, Sefira primordial cabalística, representa a Tripla Coroa – do começo. Aquela da qual serão projetadas as 7 Sefirot secundarias, descendo à Terra a ideia, voltando ao celestial a realização. Em ascensão, sempre programada volta da marcha – pelo espiraldo caminho da luz: o aprendizado.

Em cada esfera da Tripla Coroa, uma espiral, que nos mostra a energia divina, a energia cósmica, eletromagnetismo em ação desenvolvendo os planos da inicial manifestação. Energia que finalmente cristalizar-há na matéria bruta (proceso bioquímico, plano etérico), para ser polida, antes de regressar ao centro – Uno.

O Trisquel envolvendo o símbolo de sabedoria das Supremas Esferas (Kether, Binah, Chokmah), as três hipostases sagradas: O Pai, no primeiro trono- no mundo das causas, A Mãe das Augas Supremas – no mundo onde se elabora a LEI, o Filho-Filha da Realização no mundo dos efeitos.

A divindade ou Inteligência Universal atuando dentro si, desdobrando-se dentro de si, projetando-se fora na Árvore da Vida, escondendo dentro dela, na Árvore do Conhecimento e a Sophia – Sabedoria, que vive no amor e na dor, que este giro, em si, comporta.

O Pai, a Mãe – das Augas Supremas, onde paira o espírito de Deus (Génesis: “No princípio, Deus criou o céu e a terra.A terra estava deserta e vazia, as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas”)

O Filho – Filha, no Trisquel unidos ao Pai e, aquela Mãe onde pairam o espírito de Deus. Os três na cabeça da Grande Família, no centro – o nexo criador, que volta ao Eterno – De esse nexo surgindo as três vitais espirais.

No meio a Mãe, separando a causa, do efeito pela lei – As augas da Mãe, dividas ao meio – entre as augas que tocam o céu, e àquelas que tocam a terra (Génesis:Deus fez o firmamento. Separou as augas debaixo do firmamento, das augas acima do firmamento. E assim se fez”)

O simbólico Trisquel representando a energia superior, com a força do Filho – Filha; o amor-sabedoria, na frequência, da Mãe; e a Vontade invencível no epirito puro do Pai. Trisquel pois, no seu interior, simbolizando o poder, que entronca com Árvore celta da vida. Pois, desta semente tripla brota toda ramificação, surge a saiba, que transporta vida naquela Árvore. Como a tripla coroa, assim desde a matriz, as 7 Sefirotes restantes, vão pro-emanando, na Árvore da Cábala. Profundo e muito abrangente significando do Trisquel – Trindade desdobrando-se.

Trinitário mutando-se para assim, desta tripla raiz, crescer a vida espiritual – material, em direção os ramos no céu, em direção as raízes à terra – Em ambos desenhos, interagindo, os dous universos. Movendo nosso trisquel, ora direita, ora esquerda aquele paradigma – pramantha – dos tempos. Ciclicamente, como as eras, que iniciam descendo na material quadratura do círculo; subido, depois, a espiritual escada de Jacob, na circulação do quadrado, subtilmente evoluído.

Em estudo introdutório às Sefirot, da Cabala, baseado na obra do Rabbi Aryeh Kaplan, se nos informa: “Vemos que o Sefer Yetzirá (o Livro da Formação), considerado a obra mais antiga sobre a Cabalá, divide as Dez Sefirot em três matrizes e sete múltiplos. As três matrizes são as três Sefirot básicas, que são os fundamentos da realidade: são os três componentes da mente que nos permitem perceber as coisas. São conhecidas como as três “Sefirot intelectuais”, mas, na realidade, são mais do que ferramentas usadas pelo ser humano para a conceção e compreensão intelectual: elas representam a capacidade da alma de perceber, assimilar e relacionar-se com todas as coisas e situações…Os sete múltiplos são conhecidos como as “Sefirot emocionais”. São também chamados de os “sete dias de construção” por serem os blocos de construção da Criação, incorporados pelos sete dias nos quais Deus criou o mundo. De fato, a razão para que a semana seja formada por sete dias é que cada um destes incorpora uma das sete Sefirot emocionais” De novo concordando com a ideia do 1-3-7 ou L-E-I; partida do Uno, para formação do três, projeção do três através do sete. Trisquel três das iniciais na Mente Cósmica, conetando com a nossa mente, do micro-cosmo.

Nós também observamos esta ideia, como fundamento do Trisquel, símbolo da trindade: aquele segredo de conter o principio universal presente em todas as cosmogonias, e fundamento de toda realidade. Por meio de seu conhecimento podemos caminhar fora da Grande Ilusão ou Maia. Mas também o trisquel, funciona, como ideia matriz dos segredos ou agregados místicos; o símbolo revelador de todos os mistérios: “…me foram ensinadas as vias pelas quais se revelam as intenções verdadeiras, os mistérios da lei, e essas vias são em número de três: o Notarikon [acrológia], a Guematria [evolução numérica], o Ziruf [permutação]”. (B. Samuel Abuláfia, nascido em Saragossa em 1240), assim no-lo reafirma, no três, da trindade, trisquel como símbolo sacerdotal – contendo o sacrifício, sacro- oficio.

O Movimento

O Trisquel significa a rotação, no movimento espiralado, onde vemos iniciar aquela primeira cadeia de Saturno. É sabido que antes de Cronos o tempo não existia. Antes do tempo, era o Pralaya Primordial – Descanso Cósmico. A Eternidade em duração e repouso: matéria e espírito indiferenciado. Quando a volta circular (o trisquel) começa a rolar, a polaridade matéria e espírito também começam vir à toa: Fohat e Kundalini, energias primordiais começam sua dança e encontro. O Trisquel, pois, representa a manifestação onde as três características de tempo, espaço e causalidade são ativas – dentro da polaridade que movimenta a roda dos mundos, com a neutralidade acima (tríplice conjunto em união, desde o movimento a calma, da calma à movimentação). Na Neutra posição, antes da emanação, no seio do infinito, no repouso eterno; onde impera a Imutabilidade, não existe espaço nem tempo. Assim como é inativa a relação causa e efeito.

Em sentido horário movimento solar, em sentido anti-horario movimento lunar – Feminino e masculino unido: dous trisquel, um ao lado do outro – como a Svástica e Sovástica, sempre na Índia védica, se nos aparecem uma em contraposição da outra.

Pois alem da união dos contrários, separados na confrontação, unidos na analogia para dar a vida; nos ensina também (àqueles que tem olhos para ver: aos iniciados nos mistérios druídicos) o caminho evolutivo enfrente do involutivo – formulando o resolutivo (para sumar de novo o Três pitagórico e mágico). A bondade em função, a maldade em ação, e no meio a rota certa da pacificação, por meio da experiência. Aqueles três elementos: auga, céu e terra, girando em espiral, pela força energética do elemento 4, o fogo (sagrada energia).

E de novo a auga do 2 trono da Mãe, o céu palaciano do 1º trono do Pai, a terra palco da experiência vital no terceiro trono do filho-filha, agem entre si, para combinar o círculo da mudança continua.

Graças a essa dança, Agni, o fogo sagrado, se faz patente. Agni, o lume que deve permanecer eternamente acesso, no altar e no Lar, para que a energia tripla do Logos Único não falte nunca, para que a manifestação em Corpo, Alma, Espírito, cumpra sempre seu função precisa: Preciosa. Pois o Altar nos fala do macro-cosmo, o Lar do micro. Corpo – para levar a frente o projeto na terra – casa do Filho-Filha, permitido encaminhar o efeito. Alma, para planificar, no altar de essas augas primordiais, no seio da Mãe, conforme a Lei marcada pelo plano elevado, para no mundo, ser executado. Espírito, para lançar a ideia primordial, Fiat Lux, desde a casa do Pai, como causa.

Eu sou a Divindade Eterna, atuando dentro de mim”. Antharkarana, caminho da luz- A construção do “Eu sou” Interno. 40 dias retirou-se Jesus-Cristo ao deserto, para obter a conexão com sua deidade mesma. 40 anos peregrinou Moisés guiando o povo de Israel – Iswhara Ele – pelo deserto. 40, tempo preciso para fortalecer a ideia de habitar uma centelha divina. “Yahweh é o ser que derramou a gota divina em cada individualidade humana” Pela contra o Ego humano, vibrando no aparato neuro-sensorial– anímico foi legado à humanidade pelo portador da luz, Lúcifer ou Prometu – aquele que nos legou o Mental Concreto – a Ração, o Ego, que permite analisar, claro; mas também a sobra, ao ego aderida, que nos permite calibrar o escuro (dentro de nós também a dualidade: bem -mal acionando).

Foi esse desequilíbrio, de não saber usar nosso mental legado por Prometeu, que trouxe Hércules com seus doze trabalhos para ultrapassar vícios humanos. Perversoes derivadas da falta de formação para usar nossa raçao com claridade. Maus hábitos de usar esse belo mental para conquistar paixões e baixos desejos (caminho no entanto preciso de empreender, para aprender na dor, a cura da doença).

A Herança

Hercules, Lugh, Horus- o Falcão, o caminho para voltar – voar à Luz, uma vez na queda escura sumidos, pelos instintos, que confundem, viver atrelados.

– Lembre: a Mente, mente. Assim o caminho da Ave de Hansa, Falcão, Águia dos Indios da Ámerica, ser o caminho que nos abre a rota para a elevação a Inicíatica Tríade.

Os Elohins nos deram o Eu, mas nos aprisionariam em sua luz, não fosse o livre-arbítrio oferecido pelo ego luciférico. E Deus expulsa Adão do Paraíso, por comer da maça e se atrever a olhar para os lados, por não permanecer absorto na emanação divina, por olhar para Eva e enxergar nela um outro Eu, diferente de si, mas também um Eu. E perceber que o mundo está pleno de Eus, que o divino está em si mesmo e em cada um que lhe rodeia e não apenas nas alturas cósmicas. Esse Adão dotado agora tanto de Eu Superior quanto de ego começa a se interessar pela terra ao seu redor, lhe agradam seus gostos e seus cheiros, sua sensualidade e seus caprichos. Não fosse pelo ego tecido em nosso interior anímico por Lúcifer, os Espíritos da Forma (Elohins) teriam tomado conta do corpo astral humano e seríamos sua imagem e semelhança.

Essa passagem de nossa história na Terra nos da a dimensão da importância do ego tecido por Lúcifer” (Cláudio Teles – Estudos sobre a Manifestação do Carma)

Os espíritos luciféricos nos deram o desejo sensual; os seres superiores, por adicionar a doença e o sofrimento na ordem dos desejos sensuais e dos interesses sensórios, introduziram um remédio para impedir que caíssemos completamente sob a influência do mundo sensorial”. (Rudolf Stainer “Disease, Karma and Healing” – pág. 185)

Assim pois, temos as tentações materiais, sensuais, desenvolvidas dentro da escolha do livre arbítrio. Aqueles desequilíbrios, que desenvolveu Lúcifer – Prometeu – o Portador da Luz do Mental racional – e temos a prevenção, nascida da dor na doença. Por enquanto temos o equilíbrio final do caminho do Meio, o caminho óctuplo, que também desenhou o Budha, e que não pode ser trilhado sem antes libertar-nos daquela nossa sombra acumulada pelos diferentes egos e seus carmas (que profusamente, tão bem, nos descreveu Jung). Essa sombra somente pode ser libertada, através do esforço, sacrifício, perseverança e dor, que nos preparam para o amor – una vez culminados, aqueles 12 trabalhos, que nos legou, Hércules. Hércules, metade homem- metade Deus (Cabeça nos céus – Pés na Terra. Trabalhando no 3 trono humano, das realizações – os planos da mente divina do 1º Trono, onde resguarda sua cabeça – com auxilio amoroso das Aguas Primordiais, da Mãe do 2 Trono, o tronco corporal ou corpóreo).

Enviados são precisamente os Avataras do ciclo, para a tríplice chama não decair no abismo seco e escuro: Hércules, Lugh, Horus, Quetzalcoalt, Krisnha, Cristo… para ensinar aos homens o grande trabalho de libertação, pelo próprio esforço – mérito. Trabalho no qual o 2 Trono da Mãe e representando pela sacerdotisa feminina do ciclo, no caso da era cristã , Maria Madalena – formando, com Yeshua, o Cristo, a parelha espiritual ou manúsica, que mantém o equilíbrio, integrando o material, o maternal e o espiritual, no coração do amor divino. Amor, que conduz a senda intermédia. O maternal e o paternal – o filho e filha, realizando, colhidos das mãos, a paz na terra. “Ascender um degrau na escala hierárquica sempre ocorre com o sacrifício de parte dos seres em evolução” – comenta Claúdio Teles, no seu já referido estudo sobre A Manifestação do Carma.

Assim podemos entender que o sacrifício – sacro-oficio dos Avataras, é idêntico ao sacrifício dum pai, duma mãe, a favor dos seus filhos; dum ser de bem, em qualquer campo da vida: política, arte, literatura, ciência, filosofia, espiritualidade, em favor das gerações futuras (Inúmeros são os exemplos: mas nunca esqueçamos o sacro-oficio, sacrifício de pessoas como o galaico Prisciliano; sacerdócio em favor das gerações futuras, que agora, a partires do século XXI, melhor poderam entender seu legado). Tudo ligado ao mistério da Trindade.

O três como dizia Pitágoras é o número do universo, e o Trisquel representa precisamente isso: a realização universal, no macro-cosmo e no micro-cosmo-humano, assim como a ligação entre ambos. Aquele Um que para se manifestar-se desenvolve-se em 3, e para realizar-se se projeta através do sete. O 1-3-7 ou L-E-I… Lei universal, lei que se reflete nas leis naturais. Um, três – promanando no Sete para realizar a obra da criação: 7 cores do arco da velha, 7 dias da semana, 7 notas musicais. O sete evoluído do 3, do trisquel trinitário, com os 7 anjos da presença do trono ou sete espíritos na presença de Deus. O Trisquel gerando aquela energética movimentação, enigmática, arredor de aquela luz,

Merkabah (Trono ou Carro de Deus), narrada pela visão de Ezequiel, na apertura do extâse. O três – Trisquel- ligando-se ao 7

As sete igrejas de Ásia. 7 santuários em linha diagonal reta, que vão de Irlanda à Síria (Skelling Michael, Irlanda; Monte Saint-Michael´s, Inglaterra; Monte Saint Michaele, França; Sacra Di San Michele, Itália; Monte Sant´Angelo, Itália; Mosteiro de Symi, Greça; e Mosteiro do Monte Carmelo, Síria). Representando tal vez a espada com a qual, São Miguel, submeteu Lúcifer? São Miguel, guardando o mistério espiritual – trinitário da luz, dentro da sombra? O Trisquel ocultando, no interior, o mistério das formas? Aqui, diante de nossos olhos: do material ao espiritual, da ida à volta. Descer, subir, chegar com a experiência, à casa Maior dos Céus, uma vez vivenciado o plano experimental da matéria. Da multiplicidade à Unidade Suprema – por meio da Trindade. Da Trindade, voltada, uma outra dimensão aparecer desde a unidade – no movimento de rotação dos novos mundos – EIS O TRISQUEL, sem mais – Poder Trinitário.

O Um da causa sem causa, após a contração do Zero, Nada – Espírito anterior a tudo, decide transformar-se no Três, do perfeito equilíbrio. Eis o trisquel insinuando-nos, simbolizando o grande PODER da criação primeira. Compreendendo a luz: o ponto do centro, de onde partem as três assas, é o YOD, como aquela linha que parte do Um, para dividir-se na polaridade criadora da vida (quando masculino e feminino estão em união) para finalmente dar um terceiro ser – para poder finalmente todos Ser, e o Não-Ser, em nós, o divino, para com o humano encontrar-se.

O Trisquel, o três equilibrado, que desfez o antagonismo dos dous contrários, formando o triângulo equilátero. Como fala Tenório de Alburquerque, na sua obra “O que é a Maçonaria”, sobre o Espiritual Trisquel, Triângulo, três angulos, equilíbrio perfeito: “o Triângulo de Salomão dos ocultistas, o Infinito da altura ligado às duas pontas do Oriente e do Ocidente, o triângulo indivisível, isto é, o ternerário do Verbo, ‘origem do dogma da Trindade’ para os magistas e cabalistas. É, afinal, um ‘Supremo mistério’ da Cabala: ‘imagem simbólica do Absoluto’, ‘a um tempo emblema da Força Criadora e da Matéria Cósmica’, o ‘símbolo maçônico do Livre Pensamento’; pela significação literal, é simples delta ou triângulo; pela significação figurada, é o Equilíbrio, a Perfeição; pela significação esotérica, é energia da Cabala, Trindade na Mística e Deus na Teurgia

Três também na herança da Psique – O pensamento, o querer-desejo, e a vontade. Pensamento, Mente, passado na procura de resolução. O querer desejo do agora, emocionalmente no presente inserido. A vontade, que vem do futuro, na procura de realizar aquele caminho que nos liberta –Seu conjunto nos torna à união: o velho carma ultrapassado ou que devemos ultrapassar, oculto no pensamento; a nova provaçao presente, envolvendo o sentimento e a futura resolução, marcando a vontade que vence – nos encoraja a seguir, libertar-nos. No fim do caminho – Sophia (sabedoria), no amor, nos espera.

O Trisquel também encerrando a chave da libertação psicológica, ao equilibrar o querer caprichoso do presente, com os trabalhos pendentes do passado, acionando a vontade que nos leva a realização total do futuro – e dizer, a união na neutralidade.

No trono triplo, que representa a Uno, todos unidos, de novo, no seu devido momento (uma vez completada a volta da roda, do nosso particular ou coletivo Pramantha) voltando ao Pralaya – Descanso… Uma vez concluído nosso Tempo de trabalhos. Quando uma ronda remata, outra se inicia. Trisquel, roda de inicio e fim, eterna. Nossos ancestrais sabiam, nós estamos ainda supondo…