oleoentelacontexturasQuando há o domínio de forças emocionais é a corrupção que domina a sociedade..

Dra. Claudia Bernhardt de Souza Pacheco

Até recentemente os campos da psicopatologia (estudo das doenças do interior do homem) e a sociologia (es
tudo da socie­dade, sua dinâmica e problemas) eram incompatíveis.

A Escola Vienense, voltada para o estudo da Psicologia Pro­funda, colocava-se à distância da Escola Francesa que sempre se dedicou mais ao estudo das doenças e das variáveis sociais.

Keppe, criador da Escola de Psicosociopatologia, une pela pri­meira vez, num sistema de rara lucidez, os dois campos — vendo na raiz das doenças psíquicas e sociais a teomania, atitude emo­cional de desejar o poder, para realizar a vontade neurótica, fator ligado às fases sensoriais mais primitivas do desenvolvimento.

Em outras palavras— o neurótico é o individuo que não se de­senvolve — que não se desliga da fase infantil de 0 a 6 anos quando as emoções e a vontade dominam a personalidade — e que não aceita evoluir para a fase racional — quando a ética e a razão dominariam sobre a von­tade e as emoções.

Assim como a criança se ima­gina com poderes onipotentes, colocando a família e o mundo a seu serviço, o neurótico e o psicótico lutam para obter poder so­cial e econômico para continuarem na mesma conduta de cor­rupção e destruição.

Somente aqueles que renun­ciam a liberdade do exercício da vontade, para obedecerem aos fa­tores éticos e racionais da perso­nalidade é que atingem a maturidade psicossocial.

 

Raiz da Patologia Individual
Teomania x Inveja x Desejo de Poder

 

Querem o “poder” patológico ligado as fases sensoriais de 0-6 anos. Domínio da vontade e da corrupção e das emoções.

 

 

 

 

a) prazer em comer demais, falar demais, atitude dependente, mais primitiva.

 

b) prazer em agredir, destruir e Fase em ter muito dinheiro. São ge­ralmente os psicopatas e os paranóicos.

 

 

c) Prazer concentrado na sexualidade, em romances, etc. Muito alienados e fantasiosos embora não sejam perigosos.

 

 

 

 

Os indivíduos doentes ficam fixados em uma dessas fases — são) muito emo­cionais, querem ser servidos e ter poder para realizar as vontades.

 

Indivíduos equilibrados

 

 

Aceitam evoluir para a fase ra­cional, ou seja, os prazeres sen­soriais estão sob controle da razão e da ética e da espiritua­lidade. Valorizam o poder do co­nhecimento, da realização. A comida, o dinheiro, o sexo (pra­zeres em geral) estão á serviço dos fatores mais elevados.

 

 

São os verdadeiros lideres, cientistas, artistas, teólogos e filósofos — que colocam a ética e a realização do bem e do próximo acima da inveja, do próprio poder e dos desejos pessoais.

 

Os indivíduos mais fixados nas fases sensoriais de 0-6 anos e que desejam realizar a teomania:

  • se não obtém poder econômico-social: tornam-se doen­tes mentais típicos e os cri­minosos nas cadeias.
  • se obtém o poder econômico­-social: realizam toda a teomania sem restrições, em prejuízo dos demais. Ex.: Stalin, Hi­tler, Bush, Rockfeller (e os de­mais que o leitor conhece). Ou seja, todo aquele que exerce o po­der sobre os outros é para reali­zar a própria vontade, as suas ideias aprioristas, os seus interes­ses de glória, prestígio, etc..

 

 

 

 

 

Raiz da Patologia Social

 

Os doentes no poder (a maioria). Eles criam as leis sociais e econômicas para servirem aos próprios interesses patológicos e o resultado é:

 

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Sociedade doente
(fixada na fase emocional)

As sociedades mais perigosas são as que estão fixadas na 2a fase (anal-sádica), pois retiram o pra­zer do poder econômico e do repressivo-agressivo.

Sociedade de Máscara

Sociedade madura
(racional)

Valores elevados: ética, arte, estética, espiritualidade, bem estar psicossocial, respeito as leis naturais e divinas, alta qualidade, realização. Poder está no conhecimento, na sabedoria, na realização do bom, belo e verdadeiro. Sacrifício da própria vontade (corrupção) pela ética e felicidade.

Consciência dos erros

 

 

As sociedades mais perigosas são as que estão fixadas na 2a fase (anal-sádica), pois retiram o pra­zer do poder econômico e do repressivo-agressivo.

Portanto, são os maiores cau­sadores de problemas para o povo, pois detém a economia em suas mãos, e agridem ao povo através de guerras, forças repressivas, polícia, e toda forma de lei arbitrária.

 

Vivemos na era emocional

Quando há o domínio de forças emocionais é a corrupção que domina a sociedade. As artes, a ciência, a educação, a filosofia, e a espiritualidade fenecem para dar lugar as forças primitivas — consumismo, ignorância, drogas, criminalidade, violência, doenças orgânicas e psíquicas, suicídios, promiscuidade sexual, etc.

Este fenômeno agravou-se na humanidade deste século. Operou-se uma regressão pois o equilíbrio de forças inter­nacionais foi quebrado a partir da 2ª Grande Guerra.

O mundo foi dominado por duas «superpotências» — ambas fixadas na fase anal: comunismo e capitalismo (na base são idênticas) e que causaram enormes prejuízos ao desenvolvimento da civilização. Europa — antigo cen­tro de cultura, artes, ciência e de liderança para as demais culturas e civilizações, passou a ser do­minada por poderes econômicos anais-sádicos que acabaram por impedir que as elites éticas, es­téticas e racionais europeias con­tinuassem a estabelecer o equilíbrio das forças internacionais. O resultado foi destrutivo para todos os povos — os europeus e as demais nações.

Atualmente, os setores econô­micos (anal-sádico) aliados as forças de repressão, dominam os demais setores da sociedade. É a emoção e a censura dominando sabre a razão — as atividades nobres estão sendo inexoravelmente extintas: pesquisa científica, filo­sofia, artes, literatura, liberdade de palavra escrita e falada, edu­cação, espiritualidade, além do empobrecimento geral e des­truição do meio ambiente.

A luta entre as camadas mais primitivas da sociedade (podero­sos) contra as elites mais madu­ras e o povo sempre foi evidente. Os grandes líderes bem como os sábios sempre foram perseguidos e assassinados, porém a humani­dade já havia atingido um bom grau de maturidade e de liber­tação que culminou com os ideais dos filósofos do Iluminismo Francês (Siècle de Lumières) e que foi vigorosamente reprimido pelas forças mais neuróticas da sociedade.

Jamais houve situação como a atual, onde todos os poderes estão a a serviço do poder econômico: legislativo, o político, o judiciário, o executivo, o religioso

as mídias. Nunca tão poucos tiveram tantos meios para contro­lar a tantos. A tecnologia trabalha para o seu serviço: compu­tadores, armas sofisticadas, ser­viços de telecomunicação, transportes, etc. — tudo serve ao poder econômico.

 

Os mecanismos de defesa patológicos do poder

Todos os que se opõem à ati­tude emocional voluntariosa dos poderes são facilmente detecta­dos pelo complexo sistema de serviços secretos, cadastramentos, etc. O passo a seguir consiste em “neutralizar” esses cérebros que agem como a “razão” da vida social. Para isso muitos meios são utilizados.

  1. Desinformação – esse é o método mais usado de lavagem cerebral para se “lavar” o conhe­cimento das mentes humanas. As grandes mídias, as editoras e as universidades desempenham na maior parte esse serviço junto às massas. Nesses casos pode haver simples distorção de fatos, omis­são de verdades, até verdadeiras campanhas de desinformação que se operam na rede internacional dos serviços de comunicações.

 

  1. Corrupção — meio larga­mente usado para corromper in­divíduos chaves dentro da estrutura social. Isso pode set feito através de dinheiro, ou de promessas de promoções, prestígio, etc.. De outro lado, o povo e facilmente corrompido com drogas, sexo, TV, cinema, etc..

 

  1. Repressão — no caso de fa­lharem as técnicas persuasivas ci­tadas, o poder lança mão de métodos coercitivos, ou seja: de­missões, raptos, mortes, ou qualquer forma de ataque ao indivíduo visado ou a sua família. Esse é o exemplo claro do que aconteceu com a família Ken­nedy, com Yoko Ono, e com a maioria dos familiares dos líde­res perseguidos, que foram obri­gados a se calar diante do assassinato de J.F.Kennedy, de John Lennon e de muitos outros. Campanhas difamatórias incluem-se também neste quadro.

Raptos, Torturas e Assassinatos

No caso de surgirem lideran­ças racionais e resistentes contra os poderes instituídos patológi­cos, estes últimos costumam acio­nar métodos criminosos para a eliminação definitiva dos alvos; um sem número de raptos, tortu­ras e assassinatos vem sendo re­alizados sem que jamais o povo conheça a verdadeira causa por detrás delas. Por exempla: a CIA lança mão de venenos altamente sofisticados que matam as suas vítimas sem deixar rastro dando aparência de morte natural (ata­que cardíaco, câncer, etc.). Uma dessas substâncias, talvez a pre­ferida é o Tálio, veneno também utilizado para matar ratos.

Outras maneiras de “neutrali­zação” mais comuns através de assassinatos são: acidentes (de au­tomóvel, avião, ou qualquer tipo); assassinos também são pa­gos para executar o “serviço”. Es­tes últimos só são usados quando os demais métodos anteriores fa­lharam ou quando a neutralização precisa se operar rapidamente.

Prisões

Flagrantes forjados — verda­deiras armadilhas cuidadosa­mente montadas, aliadas a processos e julgamentos teatrais, levaram muitos sábios para trás das grades. Esse método, larga­mente conhecido através da his­tória continua em plena forma nos dias atuais, com o agravante das mídias darem todo o apoio cui­dando da desinformação junto às massas.

Imunidade dos crimes do poder

Se qualquer pessoa do povo mata, corrompe, calunia ou ameaça, ele e imediatamente pu­nido: o destino é a prisão, o hos­pital psiquiátrico, e em certos casos, a pena de morte.
No caso dos inumeráveis cri­mes operados pelo poder que vão desde sabotagens, perjúrios, difamações, calúnias e roubos a as­sassinatos em massa (guerras e genocídios programados) dificil­mente os responsáveis são punidos dos e, nem mesmo, denunciados.

Poderíamos comparar esta si­tuação em que vivemos atual­mente, à, por exemplo, de um hospital psiquiátrico onde os psi­cóticos assumissem o poder sobre os médicos e enfermeiras; ou num presídio, os assassinos e psi­copatas assumissem o controle sobre os guardas, advogados e funcionários.

O que fazer?

E necessário que o povo cons­cientize a situação doente em que se encontra a nossa sociedade, e que devido a sua omissão, pac­tua com a corrupção das cama­das chamadas de “elite”, mas que na verdade, são o câncer da so­ciedade, que corroem os tecidos sãos da civilização.

Portanto, é preciso que a racio­nalidade, ou seja, a sanidade so­cial assuma a responsabilidade e a liderança dos rumos que a hu­manidade deverá seguir. Os sá­bios não precisam das armas para ter poder — precisam de uma ca­neta, ou de meios simples para transmitir a sabedoria ao povo. Este último é que deverá distin­guir e se aliar aos indivíduos mais maduros, desistindo da atitude neurótica de reverenciar e depen­der do poder econômico social – que, como vimos, é o mais de­sequilibrado da sociedade.

O saber encerra o verdadeiro poder, e somente os ignorantes e doentes mentais precisam do poder para continuarem a cor­romper.

Claudia Bernhardt de Souza Pacheco é psicanalista , Presidente do Instituto Keppe e Pacheco de Ciência e Tecnologia, Vice Presidente da SITA- Sociedade Internacional de Trilogia Analítica ( Psicanalise Integral), autora de diversas obras no campo da Psicosociopatologia como a Cura pela Consciencia – Teomania e Estresse entre outros. Autora do livro Historia Secreta do Brasil , obra dedicada a pesquisa sobre o 5º Império ou o Milênio do Espirito Santo.